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Todo Cuidado Conta: Janeiro Branco estabelece um pacto pela saúde mental

A campanha da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Janeiro Branco, especialmente dedicada ao cuidado com a saúde mental, chega à sua 8ª edição em um momento em que a humanidade enfrenta desafios que impactam fortemente no equilíbrio psíquico. O lema Todo Cuidado Conta não poderia ser mais oportuno e necessário.

Há praticamente um ano vivendo uma situação inédita, a humanidade enfrenta abalos que chegam de múltiplas frentes: a ameaça à saúde física pelo novo coronavírus; o isolamento social, que potencializa a evolução de diversas condições psicológicas; a distância de entes queridos, que dificulta receber compreensão e amenizar sofrimentos; e a dificuldade em cuidar da própria integridade, que atinge as pessoas que são obrigadas a trabalhar fora de casa. Entre essas últimas, merece imenso destaque os profissionais de saúde, colocados simultaneamente sob risco de adoecer e obrigados a encarar tristes espetáculos de doença e finitude.

A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em março de 2020, advertiu que a quarta onda da pandemia seria relativa às doenças mentais. Como fator adicional, destaca, janeiro é um mês em que as pessoas tendem a pensar na própria vida como uma ‘página em branco’, fator pelo qual, em um período de incertezas sanitárias, sociais e econômicas como o que atravessamos, pode se tornar uma pressão agravante de tendências psicopatológicas pré-existentes. A intenção da campanha é escrever, nessa ‘página’, a importância do cuidado com a saúde mental entre as metas e promessas de ano novo.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 5,8% da população brasileira apresenta depressão, doença que atinge 4,4% da população mundial. Ainda, o Brasil é o país com maior prevalência de ansiedade em todo o mundo (9,3%). O terceiro maior problema psicossocial, o estresse, se tornou uma constante no cotidiano de toda a população mundial. Entretanto, muitos pacientes psiquiátricos não recebem ajuda, simplesmente pela vergonha causada pelo preconceito em admitir o que é muitas vezes visto como uma fraqueza, muito embora seja, na realidade, vulnerabilidade e doença.

O profissional de Fonoaudiologia desempenha vários papeis indispensáveis na prevenção e tratamento das doenças mentais. Na linha de frente do combate à Covid-19, como de doenças em geral, é capaz de reconhecer alterações na fala ou padrão de comunicação preditivos de problemas mentais. Como membro das equipes multiprofissionais de atendimento à saúde, pode observar colegas dos serviços de saúde, identificando necessidade de acolhimento e/ou encaminhamento. Como pessoa inserida na sociedade e experiente em comunicação, ocupa lugar privilegiado no aconselhamento de pessoas que podem não entender, ou minimizar, a seriedade do sofrimento pelo qual estão passando. E, como indivíduos, têm a mesma prerrogativa e necessidade de todos: o autocuidado quanto à própria estabilidade emocional.

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Conselho Federal de Fonoaudiologia
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