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Sucesso da amamentação é responsabilidade de todos nós

O tema da Semana Mundial de Aleitamento Materno, celebrada entre 1 e 7 de agosto, é “Sucesso da amamentação não é responsabilidade exclusiva da mãe, mas de todos nós”. A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) recomenda iniciar a amamentação nos primeiros 60 minutos de vida, assim como preconiza o aleitamento materno como forma exclusiva de alimentação até os seis meses de idade e, de maneira completar, até os dois anos. O leite materno é o melhor alimento para os recém-nascidos e crianças com até dois anos. No entanto, apenas metade das crianças começam a ser amamentadas na primeira hora de vida. Além disso, apenas quatro em cada 10 crianças são amamentadas exclusivamente até os seis meses de idade e só três em cada 10 continuam sendo amamentadas até os dois 2 anos de vida.

Além de suprir as necessidades nutricionais dos recém-nascidos, a amamentação fortalece o vínculo entre mãe e filho e prepara o bebê para o desenvolvimento da fala, promovendo crescimento osteomuscular harmonioso, equilíbrio da musculatura oral, arcadas dentárias, língua e estimulando a respiração nasal. As estruturas envolvidas no ato de sugar são as mesmas que, mais tarde, serão mobilizadas para mastigar e falar. A estimulação desde o nascimento vai propiciar o desenvolvimento de um bom padrão articular.

Para avaliar e eventualmente corrigir desvios, é preciso uma equipe multiprofissional, na qual o fonoaudiólogo ocupa um papel fundamental: cabe a ele identificar o padrão de sucção e os fatores de insucesso da amamentação. Para este diagnóstico, são considerados o envolvimento da musculatura orofacial no aleitamento materno, observando a ação do frênulo lingual, da língua, dos lábios e das bochechas, a sucção, a pega, a postura e o posicionamento da mãe e do bebê, assim como as condições objetivas e subjetivas da mamada.

O profissional de fonoaudiologia, enfim, desempenha uma importante função em garantir uma mamada eficiente tanto para a mãe quanto para o lactente e, portanto, contribui para nutrir dietética, metabólica e emocionalmente o bebê e enriquecer o primeiro e mais fundamental relacionamento da vida.

POR JONATHAN OLIVEIRA, ,

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