O trabalho pode produzir lesões corporais, doenças ocupacionais, perturbações funcionais e mesmo a morte. Os acidentes de trabalho são considerados um problema de saúde pública em todo o mundo, por se tratarem de eventos potencialmente fatais, incapacitantes e acometerem, em especial, pessoas jovens e em idade produtiva, fato que acarreta grandes consequências sociais e econômicas.
Segundo dados do Ministério do Trabalho e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Brasil é o quarto país do mundo com mais casos em acidentes ocupacionais. Uma das medidas tomadas para melhorar esse cenário foi a criação do Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho, celebrado em 27 de julho. Nesta data, em 1972, foi regulamentada a formação técnica em Segurança e Medicina do Trabalho. Este foi o passo inicial para que, a partir de 1977, fossem criadas as normas regulamentadoras (NRs).
A Fonoaudiologia tem sua prática na Saúde do Trabalhador baseada nas questões ambientais, minimizando ou eliminando os fatores de risco que interferem na comunicação. A especialidade Fonoaudiologia do Trabalho foi reconhecida pela Resolução CFFa nº 467/2015, que prevê que este profissional deverá atuar diretamente junto ao Serviço de Saúde e Segurança Ocupacional da empresa (SESMT) avaliando, diagnosticando, prevenindo e readaptando funcionalmente os trabalhadores diante de doenças relacionadas ao trabalho, relativas à Fonoaudiologia. Além disso, deverá elaborar, implantar, executar, coordenar e gerenciar programas de Prevenção tais como Programa de Conservação da Audição (PCA), Programa de Conservação Vocal (PCV), Programa de Prevenção Respiratória (PPR) e Programa de Qualidade de Vida.
O fonoaudiólogo deve atuar em duas frentes principais: promover a saúde e prevenir doenças ou acidentes, analisando os fatores de risco – ergonômicos, ambientais e individuais – assim como aprimorar a comunicação profissional. A atuação do fonoaudiólogo é imprescindível quando é necessário proporcionar um ambiente de trabalho saudável e produtivo.
